Esta obra se organiza em torno do tema da educação dos sentidos e das sensibilidades, em uma perspectiva interdisciplinar, porém, tendo a história como fio condutor. Assim, sua principal motivação recai sobre a análise histórica dos processos de formação, seja no âmbito da chamada educação social, de corte não propriamente escolar, ou no âmbito da escolarização. Busca inventariar problemas, suportes empíricos e historiográficos que mereçam a investigação minuciosa, de modo a compreender como se afirmaram, ao longo da história, diferentes maneiras de formar/educar os sentidos e as sensibilidades pelos usos autorizados ou não de diferentes espaços e tempos que ajudaram a forjar uma forma de ser “moderna”, que caracterizou parte significativa das retóricas de legitimação do Brasil e da América Latina. Para isso, centra seus esforços na compreensão de duas histórias que se imbricam, a história do trabalho, aqui incluída a dimensão do lazer, e a história da educação, sobretudo no âmbito das diferentes formas de educação do corpo.